Gorduras e Proteínas Não São Boa Companhia
(Não estamos aqui falando de dietas!)
Não é somente a sociedade atual que é lipofóbica. Também o meio orgânico interno o é!
Se as proteínas tivessem uma mãe, ela certamente avisaria as "proteínas filhas" para tomarem cuidado com as más companhias, as gorduras!
Se fossem as gorduras as permitidas a circular livremente pelo corpo, fariam grandes estragos nas funções proteicas.
Como você sabe, gorduras se caracterizam pela sua não-polaridade. E são apenas as proteínas especializadas a carrearem gorduras (como a albumina, que "isola" os ácidos graxos - não exatamente uma gordura, mas um lipídeo - no seu núcleo hidrofóbico - na figura abaixo, essa representação meio semelhante a "vermes" no interior da proteína!) as que não se destroem com essa "perigosa apolaridade".
Proteínas foram feitas para habitar e circular por ambientes polares, como a água. A (grande) exceção a esta regra é a membrana plasmática, onde os resíduos apolares são os que se mantêm em contato com a "gordurada toda" da parte interna da bicamada. Em outras regiões, os resíduos externos são polares (e as interações hidrofóbicas são contruídas de forma precisa na arquitetura de cada molécula).
Não à toa o organismo cria partículas complexas como as liproteínas para centralizar (isolar) gorduras numa capa de proteínas (apoproteínas) e "cabeças de fósforo" dos fosfolipídeos...
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