Ácidos Carboxílicos
Você já parou pra reparar na falta de criatividade do projetista dos seres humanos quanto ao tipo de ácido presente neles?
É quase tudo uma coisa só:
Ácidos carboxílicos, e suas combinações.
Por que, essa aparente simplicidade toda?
O próprio projetista me confidenciou os principais motivos dessa escolha:
Em primeiro lugar, são ácidos orgânicos. E a definição de orgânico (pertencente aos organismos vivos) pressupõe a presença de carbono e hidrogênio, mas iria ficar complicado criar um ácido sem oxigênio (o oxigênio cria a eletronegatividade para que o hidrogênio vire um próton). No álcool é assim, mas no ácido carboxílico é mais assim (explicou Ele), são dois oxigênios!
Em segundo lugar: ô coisa boa, ter uma molécula que pode ter seu carbono principal (onde os átomos de oxigênio estão ligados) recortado - juntamente com esses carbonos! - para formar CO2 (descarboxilação), que se evapora na expiração e me deixa (disse Ele!) uma cadeia carbônica limpinha pra se fazer o que se quiser fazer com ela! O principal exemplo disso: o ácido pirúvico (um ácido carboxílico "cetonado") que ao ser descarboxilado une-se à coenzima A para ser um fundamental integrante do ciclo de Krebs.
Tem mais: a polaridade da "ponta" do ácido carboxílico nos permite com que se vá encompridando a outra ponta com cadeias carbônicas simples (apolares): temos os ácidos graxos (gordura)! Ou ainda: adiciona-se uma amônia (nitrogênio) na outra ponta: uma "bipolaridade" (chamemos de anfoterismo) típica de outro dos três principais monômeros da nutrição: o aminoácido!
Além disso, essa carboxila cria acidez apenas suficiente para que o ácido carboxílico seja considerado um ácido fraco, podendo participar na formação de tampões orgânicos.
Então, só nos cabe responder:
Amém!
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