Galactose (Pra Que Serve?)
Todo mundo meio que sabe (e se não sabe, deveria) que a galactose é filha da lactose e irmã da glicose (e até prima-irmã da frutose, mas aí já estamos indo muito longe na "árvore glicosalógica"...).
Mas, ao se transformar lactose em galactose... o que nosso corpo faz com esse monossacarídeo?
Uma resposta simples (mas incompleta) é: transforma-se em glicose (ou, com maior frequência, no precursor do glicogênio para estocagem)! E aí, com a glicose sabemos tudo que acontece, não há mistério.
Mas parece óbvio que o Criador (?) não iria criar um monossacarídeo somente para ele... se transformar em outro em seguida!
Não. A galactose, por exemplo, se une - no processo inverso da digestão - à "irmã" glicose para formar a "mãe" lactose (o dissacarídeo resultante da união dos dois monossacarídeos) nas mães que amamentam.
Mas não é só. A galactose participa de forma importante nas "pontas" dos chamados glicoconjugados (associação de lipídeos e proteínas da membrana plasmática ao monossacarídeo), que servem para reconhecimento, sinalização e comunicação intercelular.
Um exemplo clássico é a participação nas moléculas que definem a tipagem sanguínea ABO.
Mas, e aí, quem não consome lactose ("modinha" muito atual, e nem sempre necessária), o que faz? Não produz a galactose?
Produz. Nesse caso, o organismo faz a conversão contrária à acima descrita, de glicose à galactose. Além disso, há outras fontes insuspeitadas de galactose na dieta, como nas beterrabas, abacates e mucilagens em geral.
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