Glicerol (Cabide)
A singeleza da molécula do glicerol chega quase a levar às lágrimas quem gosta de bioquímica (espero que você seja um desses).
Ela quase com certeza foi criada da seguinte forma:
"Preciso de um cabide pra pendurar moléculas com alto valor energético no menor espaço possível"
Quantas dessas moléculas?
"Acho que três está bom!"
Ok! Três carbonos, então!
"Como penduraremos essas três moléculas?"
Da maneira básica: três hidroxilas (OH, os "ganchos do cabide"). Assim, ao usarmos, retiramos a hidroxila ("desalcoolizamos" o álcool do glicerol), retiramos o hidrogênio de três ácidos graxos ("desacidificamos" o ácido dos ácidos graxos), jogamos fora a água e... Tcharam! Um triglicerídeo novinho em folha, bem condensado (ocupando pouco espaço), firmemente aderido, cheio (cheíssimo) de ligações energéticas para serem quebradas quando houver necessidade dessa energia!
Aprovado!
Próxima pauta!
(Na quebra pela água - hidrólise - o glicerol terá dois importantes caminhos a seguir, ambos na transformação em diidroxiacetona: 1) entrada na via glicolítica como quarto reagente ou 2) a gliconeogênese, criação de nova glicose)
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