Procura-se: Citrato
(um flagrante de um citrato escapando de uma mitocôndria para o citoplasma)
Quando o citrato "escapa" da mitocôndria (escapando, na verdade, do ciclo de Krebs, por estar em excesso) com seus 6 carbonos, gera a formação (no citoplasma, para onde escapou) da própria combinação que o gerou: acetilCoA (2 carbonos) e oxalacetato (4 carbonos).
(lembre-se: é o citrato que "escapa" porque a acetilCoA não atravessa a membrana da mitocôndria, mas ela, a acetilCoA vai estar dos dois lados, na mitocôndria e citoplasma)
O oxalacetato no citoplasma segue seu caminho à malato (4 carbonos), que se descarboxila (perde CO2), transformando-se em piruvato (o mesmo piruvato que pode novamente entrar na mitocôndria para novo ciclo de Krebs). É a "lançadeira" ("shuttle") do citrato.
É a acetilCoA (2 carbonos) que "se extraviou" nessa reação no citoplasma quem agora nos interessa:
Ela vai "virar" uma outra coisa: vai ganhar mais um carbono apenas (na verdade, um CO2 também, pela ação de uma enzima - adivinha! - acetilCoA carboxilase, enzima que "prega" uma carboxila à acetilCoA). É agora a malonilCoA (3 carbonos).
Essa malonilCoA (cada vez que é produzida pelo excesso de citrato "transbordado" da mitocôndria) é quem vai ficar doando 2 carbonos por vez para a construção (síntese) de cadeias alongadas dos ácidos graxos (passo a passo, sempre dois por vez - tem "sobra de carbono", manda pra cá!).
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