Fosfoenolpiruvato (PEP, para os Íntimos)
Um fosfoenolpiruvato (PEP, da sigla na literatura americana, para ficar mais fácil) é "quase um piruvato".
É o último reagente da glicólise (a quebra da glicose), antes de chegar ao piruvato (e muito mais energético do que este, pelo fato de carregar um grupo fosfato, que cede ao ADP para formar ATP nessa última reação).
A enorme importância do PEP reside na sua localização no metabolismo energético.
Tanto a nova produção de glicose a partir de outros substratos (a neoglicogênese) "passa por ele", a partir da carboxilação (ganho de um carbono, resultando em quatro) do piruvato à oxalacetato (um "curto-circuito" na sequência - ou um "rápido pulo" pelo ciclo de Krebs), nova descarboxilação (perda de um carbono, indo novamente a três) e fosfatando para gerá-lo (se não há necessidade de nova glicose, volta a ser piruvato, se transforma em acetilCoA e "queima" no ciclo de Krebs), quanto pode ser utilizado para formar vários importantes aminoácidos (toda essa sequência representada no alto do esquema abaixo).
Você poderia estar se perguntando: "(Ué!), mas para que o piruvato carboxila, descarboxila, vai ao PEP e volta a ser piruvato, antes de "cair" no ciclo de Krebs para geração de energia? Para que essa trabalheira toda (porque não vai direto de piruvato a acetilCoA e pronto)?"
Justamente porque é no "momento PEP/piruvato, piruvato/PEP" do metabolismo que a cada segundo a célula decide: 1) vai para nova glicose, 2) vai para novos aminoácidos (não todos!) ou 3) vai para a "queima" (geração de energia), esse piruvato? Depende das necessidades da célula a cada momento!
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